Senai MT foi parceiro de gigante chinesa na produção de etanol de primeira e segunda geração

10/04/2024 - 09h19
Antes e depois da microdestilaria que passou a ser automatizada
Antes e depois da microdestilaria que passou a ser
automatizada

O Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial de Mato Grosso (Senai MT), por meio do Instituto Senai de Tecnologia (IST), foi um dos parceiros da gigante chinesa Sinochem e da Universidade de Campinas (Unicamp), na produção de etanol de primeira e segunda geração, que se utilizava de cana, milho e suas respectivas biomassas como matéria-prima.

O projeto financiado pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) recebeu um investimento de R$ 1,7 milhão e foi desenvolvido entre 2019 e 2023. As três primeiras fases do projeto ficaram a cargo da Unicamp no estudo e desenvolvimento de leveduras industriais com alto desempenho fermentativo para a produção do etanol.

Já as duas etapas finais contaram com os esforços do Senai MT, que atuou na modernização de uma microdestilaria que passou a ser automatizada e aderiu à indústria 4.0. Assim, a planta passou a reproduzir as condições experimentais laboratoriais, utilizando parâmetros semelhantes aos utilizados em plantas industriais de etanol de escala comercial.

Com isso, a unidade do Senai em Barra do Bugres passou a ser a primeira organização de Mato Grosso credenciada à ANP. Para a gestora do projeto, Luciana Ferreira, o projeto foi um case que não só gerou ideias para outras iniciativas, mas também aumentou o portfólio de produtos que o IST oferece.

Microdestilaria depois de pronta
Microdestilaria automatizada

“Esse case possibilitará a viabilização de outros projetos de pesquisa, desenvolvimento e inovação e novos arranjos de cooperação com parceiros estratégicos, visando o desenvolvimento de tecnologias de etanol, bem como a ampliação do nosso portfólio de serviços”, destacou a gestora do projeto, Luciana Ferreira.

Etanol em Mato Grosso

Mato Grosso é o terceiro maior produtor de etanol no país, ficando atrás apenas de São Paulo e de Goiás. Além disso, possui sete bioparques que produzem o etanol a partir do milho, outros sete que produzem etanol a

partir da cana de açúcar e dois considerados flex, ou seja, produzem etanol tanto da cana quanto do milho.

O setor está entre o os mais relevantes segmentos industriais do estado, empregando mais de 11 mil pessoas (empregos diretos) até o ano de 2022. Só para se ter uma ideia do crescimento, em 2022 o segmento arrecadou R$ 1,6 bilhão de reais em ICMS. Em 2015, essa arrecadação foi de apenas R$ 260 mil.

Texto: Julia Oviedo

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