Missão do Senai MT e Senai Cimatec nas fazendas da Bom Futuro busca estratégias para desenvolvimento agroindustrial
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Em sua primeira agenda em Mato Grosso, a comitiva do Senai Cimatec da Bahia (Campus Integrado de Manufatura e Tecnologias) visitou, na quarta-feira (16), unidades do Grupo Bom Futuro. Um dos destaques foi a passagem pela algodoeira São Miguel, que, apesar de levar o nome de fazenda, funciona como uma indústria de beneficiamento de algodão colhido em diversas propriedades da região.
Localizada em Campo Verde, município com o maior parque agroindustrial de Mato Grosso, a unidade integra um dos maiores grupos agrícolas do país. A previsão é que, em 2025, a Bom Futuro produza mais de 2 milhões de fardos de algodão, com cerca de 230 quilos cada.
Com 35 unidades de produção e 600 mil hectares cultivados em duas safras, a Bom Futuro é a maior produtora de algodão do mundo. A empresa também colhe anualmente 1,9 milhão de toneladas de grãos, 360 mil toneladas de pluma e 440 mil toneladas de caroço de algodão. A maioria da produção da pluma produzida é exportada para países como China, Itália e nações do cinturão asiático.
Promovida pelo Instituto Farmun, durante a visita, os gerentes das unidades apresentaram detalhes da operação, com foco na integração entre o setor produtivo e soluções tecnológicas de ponta. A comitiva contou com representantes do Senai MT, da Faculdade de Tecnologia do Senai MT (Fatec), do Instituto Senai de Tecnologia (IST MT) e do próprio Senai Cimatec.
“Mesmo em um ambiente exemplar como o que vimos aqui, há espaço para avançar em mecanização, automação, conectividade, inteligência artificial e supercomputação. E isso só se viabiliza com educação, pesquisa e inovação”, destacou André Oliveira, superintendente de Planejamento e Novos Negócios do Senai Cimatec.
Reconhecido como um dos principais centros de pesquisa industrial do Brasil, o Senai Cimatec desenvolve atualmente mais de 150 projetos voltados à indústria. A missão em Mato Grosso busca ampliar a atuação da instituição junto ao agronegócio, com soluções adaptadas às demandas do campo.
“O nosso foco é transformar desafios em oportunidades. Ouvir as dores do setor e criar soluções práticas a partir delas é o que nos move”, reforçou André Oliveira.
Mato Grosso lidera a produção nacional de soja, milho e carne bovina e se consolida como polo agroindustrial nas áreas de alimentos e biocombustíveis. Para acompanhar esse avanço, o Senai MT reposiciona sua atuação, integrando ensino superior (Fatec) e tecnologia e inovação (IST), com foco em soluções para a agroindústria.
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presença do Senai MT, Senai Cimatec, Fatec Senai e IST MT
Assista como foi a visita
“O Cimatec é um parceiro estratégico nesse movimento. Essa visita marca um passo importante para alinhar competências e acelerar a transformação agroindustrial do estado”, afirmou Naiara Galliani, gerente executiva de Tecnologia e Inovação do Senai MT.
Para Michel Muniz, diretor-executivo do Instituto Farmun, o intercâmbio fortalece a inovação no campo. “O papel do Farmun é abrir portas, mostrar como o agro é feito em Mato Grosso. A visita permitiu uma troca rica de informações, e o Cimatec leva de volta não somente conhecimento, mas também os desafios da nossa realidade. Isso impulsiona o desenvolvimento de soluções tecnológicas sob medida para o nosso setor”, afirmou.
A programação da missão segue nesta quinta-feira (17), em Cuiabá, na sede do Sistema Federação das Indústrias de Mato Grosso (Sistema Fiemt), com apresentações sobre o cenário agroindustrial do estado e propostas de colaboração estratégica entre as instituições.
Texto e fotos: Eduardo Cardoso